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Em dificuldades financeiras, Serade paga salários de atletas com números de rifa

Rafael Vigna Editado em 18/07/2019

Em dificuldades financeiras, Serade paga salários de atletas com números de rifa

Na semana que antecede a estreia na segunda fase da Liga Gaúcha de Futsal 3, contra a ANBF, no sábado dia 20, a Serade está envolvida em uma polêmica. A demissão do treinador Carlos Roberto Castro da Silva, o Choco, expôs as dificuldades financeiras enfrentadas pelo time de São Borja. Multi-campeão e com uma trajetória de sucesso no Futsal, Choco anunciou a sua saída do clube em uma postagem nas redes sociais.

No texto, ele afirma que alguns jogadores aceitaram “jogar de graça”. De acordo com o relato, seu salário estaria em situação de atraso por quase 2 meses. O ex-treinador da Serade também garante que se deslocava até as cidades dos jogos em seu veículo pessoal. Choco revela ainda que não era incomum que os atletas do clube sequer recebessem a janta depois dos jogos. 

“Acharam melhor a minha saída, pois os mesmos iriam jogar de graça. Bom, espero que após a decisão do presidente, possamos resolver esses quase dois meses que estão pendentes, que cada um possa seguir sua vida e que um dia São Borja possa vir a ter uma equipe profissional de futsal organizada. A saída não é ruim para mim, só quero resolver essa situação e acertar as coisas. Sinceramente, é um alívio já que viajo de carro, não se tem janta para os atletas após os jogos, condições precárias de trabalho. Além disso, ainda trabalhar com salário atrasado e nunca receber em dia. Não se faz futsal dessa maneira”, escreveu Choco em sua conta no Instragram.

Em resposta às declarações de Choco, a Serade prestou apoio ao presidente Rodrigo Rocha Santos. Em uma nota de repúdio, assinada pela diretoria, afirma que o ex-treinador “faltou com a verdade”. No entanto, a nota confirma que após o jogo contra o Candido Godoi foi dada a notícia de que o time teria de fechar as portas por motivos financeiros.

Segundo a nota, alguns atletas pediram que a decisão fosse reconsiderada. A solução encontrada foi que os jogadores e a comissão técnica recebessem os seus salários em “números de rifas”. Acompanhada de recibos que somam quantia de R$ 1.800,00 – repassados em forma de adiantamento ao ex-treinador – a diretoria assegura que Choco recebeu o equivalente a 130 números de R$ 10,00 cada como forma de compensação de seu salário, além dos adiantamentos já concedidos.    

“No dia da reunião o treinador Choco pediu o uso da palavra e solicitou a todos os atletas se poderiam receber o salário daquele mês em rifa, ou seja, cada jogador venderia números da rifa e ficariam com o dinheiro como pagamento. Foi discutido e aceito por unanimidade, todos os jogadores receberam uma quantia X de números de rifas equivalentes ao salário do mês de cada um. O treinador Choco recebeu 130 números ao valor de R$ 10,00 cada, o mesmo já tinha recebido alguns adiantamentos, passando alguns dias o mesmo pediu mais dinheiro (...)”, diz um trecho da nota oficial.

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