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Élvio Feltrin busca ações em diferentes áreas da comunidade

Rafael Vigna Postado dia 24/06/2019

Élvio Feltrin busca ações em diferentes áreas da comunidade

Por Luthero do Carmo e Rafael Vigna

Notícia da edição impressa da Folha de São Borja de Sábado, dia 22 de junho.  

O Programa Atualidades e a Folha de São Borja continuam a série de 15 entrevistas com os vereadores de São Borja. O convidado, na terça-feira, dia 18, foi o vereador Élvio Feltrin. Parlamentar de primeiro mandato, ele é filiado ao PSDB e faz parte da base do governo. Tem se destacado pela apresentação de projetos em diversas áreas e pelos discursos ácidos em tribuna. Em 2016, recebeu 749 votos, ou o equivalente a 2% do eleitorado. A votação garantiu a primeira suplência da coligação. Ele tomou posse na cadeira do vereador João Carlos Reolon (Progressistas), que atualmente está na Secretaria da Educação.

Folha de São Borja - O senhor é empresário do setor de finanças e o seu irmão, o vice-prefeito Roque Feltrin, já exercia a vida pública. Quando nasce a sua decisão de também participar da política?

Élvio Feltrin - Na condição de empresário atuante na comunidade, sempre realizei muitas atividades sociais. A vontade política vem com o objetivo de ajudar mais. Vejo que, ocupando um cargo público, existe a possibilidade de participar. Há contatos com outros agentes políticos, na Assembleia Legislativa, possibilitando a busca de recursos. O interesse pela política é indissociável da vontade de ajudar a comunidade. Por isso, surgiu a minha vontade. Já atuo na vida partidária desde o ano 2000. Antes no DEM e no PTB. Decidi concorrer. Ocupo, hoje, uma vaga e realizo um trabalho sem privilegiar apenas uma área específica, mas em todos os segmentos.

Folha - Uma dessas áreas é o esporte. Já há leis aprovadas, inclusive, na sessão passada houve uma que regulamenta a inscrição de atletas de fora da cidade no campeonato amador. Essa é uma de suas prioridades?

Feltrin - Sempre participei muito do esporte na condição de empresário e patrocinador. No campeonato passado, a minha empresa foi uma das patrocinadoras de toda a competição. Aconteceu no momento em que a prefeitura buscava apoio da iniciativa privada. Sempre colaborei com os esportes. Esse gesto tem o objetivo de trazer à comunidade um programa nos finais de semana. É algo que promove o envolvimento da comunidade com algo extremamente positivo como o esporte. Eu mesmo já fui atleta amador no passado. Na condição de parlamentar, com muita naturalidade, dou continuidade fazendo o que for possível para incentivar. O projeto aprovado na segunda-feira passada amplia para 5 as participações de atletas de fora. São Borja tinha uma lei de 1995 e era a única cidade que tinha lei proibindo isso. Foi aprovado o projeto que nasce de uma indicação nossa. Agora é possível que no momento da elaboração dos regulamentos seja definida a quantidade de atletas de fora autorizados a participar. Podem ser dois, três ou cinco, depende do que for definido pelo regulamento da competição. É uma possibilidade que se abre. É algo que qualifica muito e valoriza a competição. Quem tem condições pode fazê-lo. Antigamente, quando não havia lei, existiam muitas inscrições de atletas de fora. Acharam melhor criar uma lei que exigia a comprovação de vínculos trabalhistas e de residência. Agora atualizamos e delimitamos em 5 participações de atletas de fora.

Folha - A indicação de que São Borja passasse a ser chamada de “Capital Gaúcha do Fandago” é sua?

Feltrin - Essa ideia nasce de uma reportagem do repórter Giovani Grizotti em que ele dizia isso pela quantidade de bailes. Surgiu então um indicativo que realizamos através do deputado Lucas Redecker (PSDB) e tivemos a grata satisfação de vê-lo aprovado. Hoje, São Borja se apresenta dessa maneira, o que facilita o turismo em razão da divulgação estadual e nacional deste título. Isso já é feito há dois anos e acredito que a cada ano que passe este título vai ser responsável por abrir um leque maior de oportunidades turísticas.

Folha - O senhor é muito atuante na elaboração de projetos. Nas suas manifestações em tribuna, são recorrentes os temas que envolvem o desenvolvimento econômico de São Borja. Quais são os destaques até agora?

Feltrin - O que buscamos na condição de vereador é estar sempre atualizados. Por isso, apresentamos muitos projetos com o objetivo de melhorar diversas áreas da comunidade. Infelizmente, nem todos são aprovados. Atualmente, temos 10 projetos aprovados e vários outros em tramitação. No que se refere ao Desenvolvimento Econômico, acredito que trata-se de uma pauta prioritária, principalmente, com os atuais níveis de desemprego. Tenho defendido alternativas econômicas, pensando em quem necessita. Além disso, é preciso atuar de maneira muito constante em outras áreas. Cito como exemplo a Saúde. Todos usam e nunca sabemos quando. Por isso, uma de minhas ações, ao longo destes dois anos e meio, é a tentativa, junto ao governo estadual, de trazer uma Coordenadoria Estadual de Saúde para São Borja. É um trabalho que faço, visitando outras Câmaras de Vereadores, em busca de apoio. Trabalhei muito forte no governo anterior. Não conseguimos trazer. Agora, com o governador Eduardo Leite (PSDB), que é nosso correligionário, apresentamos essa reivindicação à Secretaria Estadual da Saúde. Acreditamos que isso seria um passo importante para tornar São Borja um centro regional de Saúde, ampliando a capacidade de atendimentos. Isso geraria, de maneira agregada, mais 20 empregos diretos. Também viria uma Coordenadoria Federal que ajudaria no trânsito da Ponte Internacional. Trabalho muito, mas de maneira silenciosa. Não sou muito de fazer alarde. Não podemos criar esperança com projetos, sem concretizá-la. Eu prefiro trabalhar, após a aprovação, com mais pé no chão, sem falsas expectativas e buscando, sempre, o benefício à população como o resultado.

Folha - O fato do governador Eduardo Leite ser do seu partido, além da questão da coordenadoria, existem outras em que seja possível mensurar benefícios?

Feltrin - Temos a certeza de que o governador Eduardo Leite vai, sim, contribuir muito com São Borja. Ele já esteve aqui na inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Assinou ordem de serviços para R$ 5 milhões em infraestrutura. O vice-prefeito Roque Feltrin também é do PSDB. Neste sentido, percebemos que o governo está conseguindo colocar a casa em ordem. A situação do Estado, assim como a dos municípios, é de muita dificuldade. Ainda assim, já nota-se que o governo vem fazendo o possível para, por exemplo, colocar os repasses da Saúde em dia. Na segunda-feira, também houve uma liberação de recursos para as estradas estaduais. Ou seja, são temas que a população cobra há muitos anos e, agora, o governador está fazendo. O governador é um aliado dos municípios e ainda vai contribuir muito com São Borja. A questão da aviação regional, que é uma luta do nosso prefeito Eduardo Bonotto. Falo muito que para gerar condições de desenvolvimento, temos que destravar a aviação. Eu vejo que municípios sem aeroportos têm o seu desenvolvimento comprometido. Isso dificulta a vinda de empresários. Precisamos ter um aeroporto capaz de recebê-los. Os municípios desenvolvidos são aqueles que contam com essa capacidade logística para encurtar as distâncias. Hoje estamos muito longe de tudo. Acredito que em breve teremos as linhas aéreas no nosso aeroporto.

Folha - Neste contexto, recentemente, aconteceu o anúncio do empreendimento âncora da plataforma logística. Como o senhor acompanha esse tema?

Feltrin - Observo que a plataforma logística é uma das frentes necessárias ao desenvolvimento de São Borja. Os investimentos que já se anunciam são fundamentais para São Borja. Temos um leque muito promissor, não só por aquilo que já está confirmado, como por tudo que ainda virá. Trata-se de um trabalho que demanda tempo, esforço e atenção, seja nas negociações ou na divulgação dos nossos potenciais. São Borja ainda vai ver o quanto a plataforma será importante para o desenvolvimento da nossa cidade.

Folha - No momento em que o senhor assumiu na Câmara, na condição de primeiro suplente, quais foram as suas impressões a respeito do parlamento? Houve surpresas no que se refere aos trâmites e as atribuições parlamentares?

Feltrin - Na condição de suplente, não temos uma cadeira cativa. Estou lá hoje, mas posso não estar amanhã. Mesmo que eu pertença à base de um governo sólido e que conta com ampla aprovação, isso gera uma insegurança. Apesar dos 749 votos, há vereadores com menos e que possuem uma vaga permanente. Isso é fruto da legislação e temos que respeitar. Agora, a principal dificuldade é, com certeza, a burocracia. Na condição de empresário, na iniciativa privada, desconhecemos a fundo toda a burocracia que existe no serviço público. Acredito que para destravar o desenvolvimento seria preciso acabar com a burocracia. Exemplo disso, é a questão do meio ambiente. Quantos meses é necessário esperar por uma liberação de uma obra ou investimento até que se obtenha o laudo favorável do meio ambiente? São coisas que os empresários enfrentam no dia a dia. É só um entre tantos outros exemplos possíveis. Isso deveria ser olhado de outra maneira, sempre buscando a agilidade nos processos. Na condição de parlamentar, mesmo enfrentando algumas dificuldades e na suplência, estamos fazendo o máximo para promover melhorias na nossa cidade e para a população.

Folha - Qual é o perfil das pessoas que buscam o seu gabinete e quais as demandas mais recorrentes?

Feltrin - A maior dificuldade é o desemprego. Cito que essa é a principal reivindicação. Temos mais de 13 mil desempregados. É preocupante. É uma situação que enfrentamos no gabinete. Na segunda-feira, o secretário da Assistência Social, Pedro Quoos (PTB) colocou muito bem os problemas financeiros do município para combater os efeitos do desemprego. Se pudéssemos, ajudaríamos a todos. Mas esse trabalho é muito amplo. É preciso fazer um estudo e o acompanhamento de cada pessoa. A dificuldade atinge às famílias, mas também os municípios.

Folha – Há um acordo, como é de costume, que o presidente da Câmara na próxima legislatura seria o atual secretário da Educação, João Carlos Reolon. Ele é o vereador titular da sua cadeira no parlamento. Se isso for confirmado, o senhor deixaria o plenário no próximo ano depois de ter cumprido uma boa parte do mandato. O senhor gostaria de poder terminar o que começou?

Feltrin - Com certeza, eu gostaria de poder terminar o mandato. Mas é algo que vai ser impossível. Há dois vereadores que ocupam secretarias e, quando decidirem voltar, devem reassumir suas cadeiras. Esses dois vereadores, se tiverem a intenção de se candidatarem nas próximas eleições, precisam se desligarem de suas respectivas secretarias em abril, conforme a legislação eleitoral. Isso é um fato. Gostaria de terminar, porque tenho projetos e ideias a serem implantados. Tenho a certeza que num próximo mandato, vamos lutar para obter uma cadeira permanente. Isso nos daria mais força para lutar por ideias.

Folha - Foi instalada uma nova CPI na Câmara. Por critérios de proporcionalidade partidária, o senhor será um dos integrantes. Como o senhor se prepara para encarar esse processo que vai avaliar a legalidade de um empréstimo de uma máquina da Prefeitura para uma empresa privada? Em tribuna, o senhor já realizou defesas bem incisivas e alegou, inclusive, que a máquina em questão já teria sido baixada do patrimônio municipal na administração passada...

Feltrin - Uma CPI está dentro dos direitos. Por outro lado, estamos muito tranquilos para apurar os fatos e a verdade. Já participei da CPI dos Transportes e tenho como praxe trabalhar com muita naturalidade. Não vamos fazer dentro desta CPI nada que não seja apurar a verdade. O que temos conhecimento é que esta máquina foi baixada do patrimônio na gestão anterior. Ela foi resgatada pouco tempo atrás, foi reformada por uma empresa privada e colocada de volta ao uso no dia a dia, porque tem muita utilidade para o município. Mas eu vou fazer um trabalho para apurar junto com os colegas os fatos que ocorreram e apurar a verdade que a população quer saber. Não vejo que tenha algo que necessite de tanta preocupação. O que temos que apurar é de que forma aconteceu e como aconteceu.

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