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Adão Santiago faz balanço das ações no gabinete do povo

Rafael Vigna Editado em 14/06/2019

Adão Santiago faz balanço das ações no gabinete do povo

Por Luthero do Carmo e Rafael Vigna

Notícia da Edição impressa da Edição de quarta-feira, 12 de junho, da Folha de São Borja

O programa Atualidades e a Folha de São Borja deram início, na segunda-feira, dia 10, a uma série de 15 entrevistas com os vereadores de São Borja. Ao longo das próximas semanas, cada um dos parlamentares terá 30 minutos na Rádio Fronteira FM para apresentar aos ouvintes os projetos, ações de gabinete, os destaques do mandato e outras atividades que envolvem a sua atuação parlamentar.

O conteúdo será reproduzido, a partir de hoje, na Folha de São Borja e no site da Rádio Cultura. Passados dois anos e meio da posse, já é possível realizar um breve balanço e traçar os objetivos para o futuro. Inicialmente, a ideia era realizar as entrevistas por ordem alfabética. Em razão de compromissos e da necessidade de adaptação na agenda de alguns parlamentares isso foi alterado. Sendo assim, o primeiro convidado foi Adão Santiago.

Vereador experiente, no terceiro mandato, filiado ao Progressistas, ele é membro da base governista na Câmara. Em 2016, recebeu 916 votos, ou o equivalente a 2,50% do eleitorado são-borjense. No comando do que ele considera o ‘gabinete do povo’, Santiago é um parlamentar fiscalizador por natureza. Confira o que disse o vereador.

Folha de São Borja – O senhor é um vereador que sempre se destacou pela oposição. Há quem diga que o senhor não nasceu para ser situação. Como o senhor avalia esta afirmação?

Adão Santiago – Não sou o vereador de apenas 916 pessoas. Sou vereador de todos e também faço parte base governista. Antes, era da oposição e fui um dos que mais fiz oposição. Hoje, apesar de ser da base, não deixo de fazer oposição. A minha maneira de trabalhar é em cima daquilo que a comunidade nos reivindica no dia a dia. Hoje, por ser da base governamental é um pouco diferente, justamente, porque agora temos acesso ao Poder Executivo. Então, existem coisas que levamos diretamente ao prefeito e ao secretariado para buscar resolver. Meu trabalho é transparente e voltado para a comunidade.

Folha – O ‘gabinete do povo’, como o senhor se refere ao seu gabinete, é um dos mais movimentados por pessoas com reivindicações. Neste aspecto, ajuda estar ao lado do governo?

Santiago – Sempre levo as demandas. E faço isso, porque sempre fiz campanha junto do povo, junto das comunidades mais humildes, mais carentes. Por isso, sou assim. Sempre estou nos bairros e nas vilas. Era e sou muito cobrado no sentido de que, muitas vezes, nós parlamentares, depois da eleição viramos as costas para a comunidade. Eu nunca fiz isso, ou seja, vou às vilas e faço, religiosamente, o meu expediente no gabinete. Todas as manhãs estou lá, salvo por problemas de saúde. Faço isso, porque se alguém vem dos bairros quer a atenção de um vereador. Então, sempre estou ali para atender ao povo. Não tem dia que não atendemos a 20 pessoas, no mínimo. O povo sai satisfeito, porque cobro isso e levo ao Executivo. As pessoas querem ser ouvidas. E esta é a minha característica. Nós somos 15 parlamentares. Cada um tem a sua maneira de trabalhar. Esta é a minha, fiscalizar e cobrar. Sendo sincero, o povo não pede muita coisa, pede pequenas coisas e não podemos dar as costas para quem nos deu a confiança e nos elegeu.

Folha – Nesse sentido, quais são as principais reinvindicações apresentadas?

Santiago – Temos um cadastro com as pessoas. Hoje, com certeza é o desemprego. De cada 20 pessoas, 15 se queixam do desemprego. Isso atinge, principalmente, os jovens, que deveriam estar no mercado de trabalho. Nós somos cobrados por isso. Infelizmente, nos culpam.

Folha – Isso é algo que foge um pouco do poder da Câmara e da responsabilidade de um vereador...

Santiago – Exatamente, mas, muitas vezes, os jovens não querem saber disso. Eles buscam os vereadores e nos cobram sobre empregos e empresas que deveriam se instalar em São Borja. Cobram, mesmo. Então temos que dar uma satisfação. O desemprego é incrível. Nas nossas descentralizações e caminhadas pelas ruas é a primeira demanda.

Folha – Ao longo dos seus três mandatos, o que o senhor destacaria em projetos, emendas parlamentares atraídas e ações de gabinete?

Santiago – Temos vários projetos e emendas parlamentares. Sou bem sincero. Meu posicionamento é sempre o de ser sincero. Hoje, na Câmara de Vereadores, temos mais de 5 mil leis. A comunidade, que chega no meu gabinete, nem quer saber de Lei e de projetos. Eles buscam pequenas coisas. Agora, um projeto que estou buscando é para o Bairro do Passo. Lá, temos 5 ESFs (Estratégias de Saúde da Família). Minha luta é para que um deles possa atender aos finais de semana e feriados em regime de plantão. Falo isso, porque o bairro que tem mais de 15 mil habitantes e ninguém sabe a hora que vai adoecer e precisar de um posto de saúde. Se tem 5, por que não fazer isso? Em Brasília, me parece que já foi autorizado. A comunidade tem nos reivindicado, principalmente, no Passo. Às vezes no feriado, não existe atendimento. Ai é preciso esperar até às 17h pela abertura do PAM (Pronto Atendimento Médico) ou ir direto ao Hospital. Temos que rever isso. A comunidade nos pede. Então, essa é uma das minha prioridades.

Folha – Com certeza teria o apoio dos demais parlamentares. Aliás, a Farmácia Básica já foi um avanço para o Passo. E essa ideia seria um avanço até para melhoria de atendimento das pessoas...

Santiago – É. Quanto às melhorias nos atendimentos, essa é uma das coisas que mais bato. Tenho duas funcionárias que trabalham no meu gabinete. Nós somos pagos pelo povo. Portanto, temos o dever de prestar um bom atendimento. Eu faço visitas e reparo muito em determinadas repartições públicas, seja estadual, federal ou municipal, vejo alguns péssimos atendimentos à população. Isso é inadmissível e sou muito correto nesta parte. Temos por obrigação atender bem às pessoas. Tenho batido muito nesta tecla. Quando se chega em uma repartição e não se é atendido, o serviço público deixa a desejar. Não aceito e tenho levado isso à tribuna. Não quero que me atendam bem, quero atendam bem as pessoas. Represento o povo e faço parte do povo.

Folha – Com mais da metade do mandato transcorrido, as sessões na Câmara começam, de certa forma, a ser contaminadas por um clima eleitoral. Como senhor acompanha isso e quais as suas projeções neste sentido?

Santiago - Tenho dito que o ano da eleição é este. Agora, é preciso ver o seguinte. Todo projeto que chega à Câmara, independentemente, da bancada ou do vereador, se for a favor da comunidade, precisamos aprovar. No meu caso, analiso muito isso. Mas o ranço político existe. Se levarmos em conta, sem desmerecer as demais siglas, é claro, a tendência é uma disputa entre PDT e Progressistas. Vai ser uma eleição muito disputada. Já foi dado o pontapé inicial. Mas a comunidade deve vir, sempre, em primeiro lugar.

Folha – O senhor pensa em disputar novamente?

Santiago – Ainda vou definir com minhas equipes. Mas para ajudar o partido e a comunidade é possível que isso aconteça. Queria fazer um relatório de atendimentos até junho. Em janeiro, 86 pessoas, evereiro, 120 pessoas, março, 119 pessoas, abril, 90 pessoas, maio, 100 pessoas, e em junho, até o momento, 24 pessoas. Isso totaliza 539 atendimentos. Também realizamos descentralizações no Paraboi, Vila Goulart e Santa Rosa. Fomos ao interior do município. Realizamos 11 visitas no Itacherê, Paraboi e Boa Vista. Eu gosto e tenho adoração de fazer visitas. Por isso, temos o gabinete do povo. Quem menos manda sou. Quem manda é o povo. Não faço demagogia. Me sinto muito bem quando me visitam. Isso é gratificante, pra mim, um vereador humilde. Sempre fiz campanha sem dinheiro, mas com o prestígio adquirido no contato do dia a dia com o povo.

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