Editado em 28/06/2016
Em perÃodos de maior demanda no intercâmbio comercial mais de 90 mil caminhões atravessaram a fronteira
Foto: Mercovia / Reprodução
Recentemente iniciaram os debates sobre o final da concessão da Ponte da Integração que se encerra em 29 de agosto de 2021. O prazo de concessão, de 25 anos, foi assinado pelos governos do Brasil e da Argentina para o consórcio empresarial Mercovia explorar os serviços da Ponte.
A ponte foi construída através de parceria dos dois países com a iniciativa privada, cabendo ao consórcio empreendedor à cobrança de pedágio, mas com a tarefa, também, de implantar toda a infraestrutura logística da travessia. Tudo será devolvido ao final do contrato de concessão.
O atual titular da Delegação de Controle da ponte (Delcon), Arlindo Bonete, ligado à Comab e que atua no Centro Unificado de Fronteira da travessia binacional, não arrisca projetar como será o andamento das operações depois de 2021. Entre as hipóteses estão possível prorrogação de contrato com a Mercovia, licitação visando novo concessionário ou passagem do complexo para administração direta de Brasil e Argentina
Para o dia oito de julho está confirmada uma reunião em São Borja, onde estarão na cidade o vice-presidente da Fecomércio e responsável pelo conselho de comércio exterior da entidade, Luiz Antônio Baptistella, o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Brasil, Lauri Kotz, e representantes da Associação Nacional dos Transportes.
Nessa oportunidade serão realizadas as primeiras discussões sobre esse processo de transição. O presidente da Associação de Produtores e Empresários de São Borja e Santo Tomé (APESS), Ibrahim Mahmud, acha fundamental ouvir a comunidade dos dois lados da fronteira, chamando a atenção para o que representa a Ponte da Integração no Mercosul.
O modelo que resultou na ponte São Borja-Santo Tomé não tem similares na América Latina. Além da parceria público-privada para a ponte - de 1.400 metros de extensão e 15 Km de acessos - é a primeira experiência com aduana integrada, através do Centro Unificado de Fronteira, racionalizando e agilizando os despachos alfandegários.
A Mercovia informa que não tem nenhum novo grande investimento previsto, mas seguirá com operações contratuais de manutenção de toda a infraestrutura do complexo. Em períodos de maior demanda no intercâmbio comercial, como em 2011, mais de 90 mil caminhões atravessaram a fronteira em operações de importação e exportação, com destaque para a indústria automotiva.
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