Editado em 15/06/2021
Foto: Reprodução/ Prefeitura Municipal
A Vigilância em Saúde de São Borja, ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirma que, nas últimas semanas, estão aumentando na cidade os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue chikungunya, zika vírus e febre amarela. Neste ano, de janeiro até 5 de junho, já foram contabilizados 918 focos. A médica veterinária Janaina Leivas, responsável técnica pelas ações de monitoramento no setor, ressalta que, além dos fatores adversos em âmbito local, também segue a preocupação com o avanço da proliferação do Aedes em regiões próximas a São Borja. É o caso de áreas na fronteira argentina e, ainda no Rio Grande do Sul, em municípios próximos, nas Missões e no Noroeste gaúcho.
“É indispensável reforçar o apelo para que a população, pelo menos uma vez na semana, revise depósitos de água parada, de lixo ou de materiais em decomposição, nos pátios e no ambiente doméstico”, recomenda a técnica do Serviço de Vigilância em Saúde. Terrenos baldios, depósitos de sucatas e pneus velhos em situação de descarte também devem merecer atenção permanente. Janaina Leivas observa que a Saúde municipal mantêm em ação permanente sua equipe de agentes de endemias, “mas é muito trabalho só para eles, já que são mais de 24 mil imóveis a serem monitorados”.
A secretária municipal de saúde, Sabrina Loureiro, observa que “a mesma atenção e preocupação dispensadas em relação à pandemia da Covid-19, precisam igualmente ocorrer em relação ao Aedes aegypti”. Ela acrescenta que não custa lembrar que o mosquito é vetor para um número maior de patologias e que, dependendo do caso, elas podem ser letais”. A secretária lembra que, como as pessoas estão mais tempo em casa em função da pandemia, dá para intensificar os cuidados de modo geral.
Nos primeiros cinco meses de 2021, o Rio Grande do Sul registrou o maior número de óbitos por dengue da última década. Foram sete mortes registradas em decorrência das complicações da doença até o dia 15 de maio, de acordo com a reportagem da GZH. Em todo 2020, o estado registrou seis óbitos pela doença.
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