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Epidemia de sífilis preocupa autoridades em saúde de São Borja

Doença continua apresentando um crescimento nos últimos anos

Editado em 28/06/2017

Epidemia de sífilis preocupa autoridades em saúde de São Borja

Até o momento, em 2017, já foram 39 notificações da doença na cidade

Foto: Arquivo / Rádio Cultura

Dados divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde confirmaram que o país está passando por uma epidemia de Sífilis. Em São Borja, nos últimos anos, a doença apresentou um crescimento bastante significativo, tornando-se uma das grandes preocupações em nível municipal, segundo Glauber Marques, enfermeiro responsável pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE).

Em 2010, foram notificados 1.249 casos de sífilis adquirida, a que se pega através da relação sexual sem camisinha. Em 2015, apenas cinco anos depois, esses números saltaram para 65.878, um aumento de mais de cinco mil por cento em todo o país.

Na cidade, em 2015, foram registrados 109 casos. Em 2016 a doença apresentou um crescimento, sendo diagnosticadas 171 pessoas. Até o momento, em 2017, já foram 39 notificações da doença.

A sífilis pode ter três tipos, como explica o enfermeiro do SAE. Na primeira fase da doença, que é a fase da lesão, muitas vezes, a úlcera desaparece espontaneamente depois de alguns dias ou semanas, levando ao paciente à falsa impressão de que ele está curado.

Em um segundo momento, que pode ser duas ou três semanas após a primeira lesão, surge um quadro clínico mais extenso, em que se pode ter lesões por todo o corpo, que podem muitas vezes ser confundidas com um quadro de alergia. Lesões nas palmas das mãos e nos pés também são comuns.

O período contínuo, onde o paciente não tem sintomas, mas transmite a infecção, é chamado de sífilis latente. E nos quadros mais graves, que são anos de sífilis latente não diagnosticada, pode-se fazer um quadro muito grave de sífilis terciária, com manifestações neurológicas, e até alguns quadros de demência relacionados à sífilis não diagnosticada mais cedo.

Preocupação com gestantes

Além disso, Marques explica que um dos maiores problemas dessa doença é a transmissão das gestantes para crianças. Em 2015, foram registrados em São Borja 15 casos de sífilis em gestantes, mas nenhuma criança foi diagnostica com a doença.

Em 2016 o crescimento foi superior a 50%, com 32 gestantes e nove crianças infectadas. Neste ano, já foram 12 diagnósticos de mulheres grávidas realizados no SAE e uma criança nasceu com a doença.

Teste rápido

De acordo com Glauber Marques, enfermeiro responsável pelo SAE, o acesso ao diagnóstico é fácil e está disponível em qualquer unidade de saúde, sem nenhum custo e com rapidez.

O resultado do teste rápido fica pronto em 15 minutos e o tratamento também é rápido e feito com injeções de bezetacil. Normalmente são feitas duas doses da medicação, com um intervalo de uma semana entre as duas.

A Organização Mundial de Saúde estima que todos os dias sejam diagnosticados pelo menos um milhão de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis. Estima-se que, a cada ano, cerca de 131 milhões de pessoas são infectadas pela clamídia, 78 milhões pela gonorreia e quase seis milhões pela sífilis, sem contabilizar outras infecções sexualmente transmissíveis, como por HIV, HPV, herpes e hepatites virais.

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